
Sob fria chuva de outono
Entregando-me ao abandono
Das lembranças que eram suas
Colhendo quimeras cruas
Em jardins vazios, sem dono
Bebendo dor do sulco ao pomo
Tatuando flor em pernas nuas
Suspiro aos sabores do vento
Palavras de prece sentida
Segredos por mim inconfessos
Gotejando o incansável lamento
Que trago na carne ferida
Da crua angústia dos versos
Foto: Dirceu Garcia
Texto: Karina Belmont
Tristezas geralmente são belíssimas, como esse soneto.
ResponderExcluirAdorei!
Quanto ao endereço de email que vc pediu:
leila.lira@egs.com.br
Beijo enorme!